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segunda-feira, 6 de abril de 2009

O Trauma no Brasil.

O Trauma, no Brasil, é a principal causa de óbito nas primeiras quatro décadas de vida, além disso, ocupamos o trágico 1º lugar (do mundo) em números de mortos por arma de fogo (SIM/MS, 2004). Esse panorama imprime um sério desafio para o país em termos sociais e econômicos.Faz-se necessário saber que o trauma é um grande problema de saúde pública, acarretando um forte impacto na sociedade brasileira, principalmente em sua morbidade e mortalidade. É imprescindível discutir, analisar e propor soluções de imediato!A doença trauma em nosso país passou a receber alguma atenção cerca de 20 anos atrás, entretanto, nossas propostas e soluções foram baseadas em realidades estrangeiras (EUA e França), não satisfazendo as exigências sociais demográficas, geográficas e econômicas que o Brasil apresenta.



Complementando o quadro de total desinteresse brasileiro pelo trauma nossas estatísticas são escassas e falhas, impedindo uma análise real da carnificina brasileira.Não obstante, o trauma não é tratado como doença por grande parte dos profissionais de saúde, sendo reduzido (seu tratamento) apenas ao atendimento no ambiente pré-hospitalar e hospitalar. O completo desconhecimento de outras etapas da assistência ao traumatizado, como, prevenção, reabilitação, re-inserção social e acompanhamento psicológico, demonstram que o sistema de atenção ao trauma é fragmentado, ineficiente e sem qualquer planejamento.Faz-se necessário, mais uma vez, saber que trauma não é acidente! Trauma é uma doença, que tem epidemiologia, fisiopatologia, morbidade e mortalidade conhecidas. Seu tratamento é complexo e requer desse modo uma assistência muito distinta.



O Brasil precisa, mediante iniciativas do Estado, da sociedade médica e civil, atingir maturidade no que tange o tema trauma. Temos que nos aprofundar no estudo dessa horrorosa doença e buscar soluções concretas e possíveis. É indispensável à incorporação pela sociedade brasileira de uma cultura permanente e civilizatória de educação e prevenção do trauma.


(Por Paulo Pepulim)

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