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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Reportagem Jornal do SANTA 21/02/2011


Samu comemora cinco anos em Blumenau

Cinco anos depois, o serviço de urgência ainda sofre com falta de médicos, desconhecimento da população e trotes

Ele foi apedrejado, mal interpretado, passou por dificuldades, mas atendeu a 220 mil chamados em cinco anos de existência. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Vale do Itajaí, com sede em Blumenau, já fez mais de 90 mil remoções de pacientes graves. É um serviço de saúde responsável pela regulação dos atendimentos de urgência, porém boa parte da população ainda desconhece quais são estes serviços.
Para a coordenadora do Samu, Maria Beatriz Silveira Schmitt Silva, o propósito do atendimento já é mais aceito pela comunidade. Isso inclui a não comparação com o atendimento dos Bombeiros. A médica considera que hoje o serviço está consolidado.

O atendimento não se restringe somente às ambulâncias. Antes mesmo do veículo sair, o usuário que faz o chamado é atendido por um médico regulador, da central de atendimento. A falta de conhecimento dos moradores sobre o que era o Samu não foi o único problema enfrentado nestes cinco anos. Diversos episódios envolvendo a falta de ambulâncias foram flagrados. Algumas chegaram a ser apedrejadas por moradores revoltados com a demora no atendimento.

Além disso, a falta de profissionais quase comprometeu o serviço. O quadro de médicos está incompleto. Apenas 19 deles ocupam as 27 vagas disponíveis para a central de Blumenau, explica a coordenadora Maria Beatriz Silveira Schmitt Silva.

- Dois problemas ajudam neste déficit: o primeira é que acredito que muitos profissionais desconhecem o tipo de trabalho e, por isso, não procuram as vagas em aberto. A segunda, é que o tempo de contratação é de apenas dois anos - diz a coordenadora.

De todas as dificuldades, a que parece não ter solução são os trotes para o telefone de emergência 192. Eles vão desde piadas contadas por crianças - a maioria registrados em saídas do horário escolar - até adultos que simulam ocorrências, onde a ambulância é deslocada.

Nem só de problemas vive o Samu. Foi graças ao serviço dele que Senhorinha Ferraz, 58 anos, está viva. Em outubro de 2010, a moradora da Itoupava Central perdeu os sentidos de um dos braços. Ficou preocupada, mas acabou passando uma noite inteira assim.

Na manhã seguinte, Senhorinha resolveu pedir ajuda e ligou direto para o número 192. O atendimento foi imediato:
- Em 15 minutos eles estavam aqui e me levaram para o hospital. Tive uma fibrilação arterial. Se não tivessem me buscado em tempo, poderia ter que amputar um braço ou até morrido.

Samu em cartilha

Um projeto sobre o que é e o que faz o Samu será lançado nesta segunda-feira durante as comemorações dos cinco anos de implantação do serviço na cidade. Uma parceria tornou possível a confecção de 10 mil cartilhas que serão entregues, inicialmente, em escolas. A FJR Comunicação integrada foi quem desenvolveu todo o projeto gráfico das cartilhas, patrocinadas pela Hering.

Assim que foi instalado em Blumenau, panfletos explicando o que era o serviço foram distribuídos pela cidade. Porém, a coordenadora do Samu, Maria Beatriz Silveira Schmitt Silva, lembra que o material era muito técnico e acabou não sendo muito atrativo à população. Com a nova campanha, ela acredita que as pessoas terão uma melhor compreensão do serviço.

Às 14h, o Samu fará uma Simulação de Atendimento Integrado com helicóptero no Parque Ramiro Ruediger.

fonte: JORNAL DE SANTA CATARINA

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