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terça-feira, 20 de abril de 2010

“Se o Samu não tivesse me protegido, teria morrido”

Matéria do Jornal de Santa Catarina - Blumenau
Agredidos após protestos contra agressão a animais. Socorristas do SAMU POMERODE entraram em ação.

“Se o Samu não tivesse me protegido, teria morrido”

Agredidas durante a puxada de cavalo, Patrícia Luz e outras oito pessoas prometem processar organizadores do evento por tentativa de homicídio

Com curativos na cabeça, Patrícia Luz Salles de Oliveira é a primeira a chegar à sala de espera do Instituto Geral de Perícias, acompanhada de voluntárias da Associação de Proteção aos Animais de Blumenau (Aprablu). A manifestação contra a puxada de cavalos, domingo, em Pomerode, custou à professora de 37 anos seis pontos na cabeça e a suspeita de traumatismo craniano. Junto com ela, outras oito pessoas agredidas no protesto contra o evento, promovido pelo Clube de Cavalo, expõem os hematomas e ferimentos espalhados pelo corpo. O grupo, submetido a exame de corpo de delito ontem de manhã, vai entrar na Justiça contra os agressores e está mobilizado para acabar com a competição de animais. A Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso e em 30 dias pretende concluir as investigações. As vítimas começam a ser ouvidas na próxima semana.

– Vamos processá-los por tentativa de homicídio, não só por agressão. Fizemos uma manifestação pacífica e fomos recebidos com pedras e sar-rafadas, foi uma barbárie – protesta a presidente da Aprablu, Evelin Huscher, 46, que teve o braço esquerdo ferido por um pedaço de pau.

Patrícia foi atingida por um sarrafo com pregos, usado para sustentar uma das faixas de protesto. Queixando-se de dor de cabeça, ela não conteve as lágrimas, ao relembrar o episódio:

Se um socorrista do Samu não tivesse me protegido, teriam me matado. Mas não estou preocupada comigo, e sim com os animais, que não têm como pedir socorro. Queria ter arrancado eles de lá, mas não tinha como.

Os relatos dos demais integrantes da causa animal são semelhantes. Com faixas de protesto e um pano amarrado à boca, eles manifestaram repúdio à puxada, com a intenção de conscientizar o público. Mas foram surpreendidos com as agressões, que não se limitaram aos manifestantes. Com marcas avermelhadas na região lombar e arranhões no pescoço, o cinegrafista da TVBV Luiz Deluca, 25, teve a câmera destruída. Ele entrará com ação por danos morais e a emissora, por danos materiais. Aos 58 anos e com o fêmur fraturado, a ex-presidente da Aprablu, Bárbara Lebrecht, passou por cirurgia ontem à tarde, no Hospital Santa Catarina.

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