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terça-feira, 8 de setembro de 2009

S.O.S SAMU

O Samu em situação de emergência
Serviço atende com metade da frota e só conta com 15 profissionais, 12 a menos do que o necessário


BLUMENAU - Problemas mecânicos recorrentes têm tirado de circulação metade da frota de quatro ambulâncias do Samu de Blumenau, que também atende Gaspar. Há três meses, é raro o dia em que todos os veículos estão em condições de rodar, reconhece a coordenadora geral do Samu no Vale do Itajaí, Maria Beatriz Silveira Schmitt Silva.
Há ainda outro agravante. O quadro insuficiente de médicos também tira viaturas das ruas, principalmente a UTI Móvel. O Samu precisa de 27 profissionais, mas só há 15. O déficit resulta em turnos com apenas um médico, que tem de ficar o tempo todo na central de regulação, para avaliar a ocorrência e orientar quem está do outro lado da linha a prestar os primeiros socorros. No entanto, a coordenadora garante que não há prejuízo para a população:– Nunca deixamos de atender um caso que precisou de ambulância. O problema é para nós, que gerenciamos o serviço, pois temos de encontrar alternativas imediatas.Segundo Beatriz, o Samu tem três planos B. O mais comum é pedir apoio aos bombeiros. O tenente-coronel Inácio Tarcísio Kugik, subcomandante do Corpo de Bombeiros de Blumenau, garante que o apoio ao Samu não sobrecarrega ou interfere no trabalho do batalhão.
Outra alternativa é acionar equipes de cidades vizinhas ou o Estado contratar o serviço de uma empresa privada, como a Unimed.O desgaste mecânico nas ambulâncias do Samu ocorre porque cada veículo percorre de 100 a 150 quilômetros por turno de 12 horas para os atendimentos nas duas cidades, muitas vezes por estradas esburacadas, sem calçamento, explica Maria Beatriz. São cerca de 765 atendimentos por mês. O argumento é reforçado pela gerente estadual do Samu, Cristina Machado Pires:– Somos o único Estado em que o Samu está presente em todos os municípios, não só nas capitais e regiões metropolitanas. Temos muita zona rural.O déficit no quadro médico, garante Maria Beatriz, não é por falta de vagas.
Desde junho, três editais de contratação foram abertos. Poucos candidatos apareceram.– Enquanto em um hospital o médico pode ganhar até R$ 80 a hora, aqui se paga R$ 52,5, para enfrentar uma situação de maior risco, onde é preciso gerenciar conflitos – compara.Pesquisa de interesseO baixo índice de candidatos ao trabalho de médico não é problema apenas do Samu, garante o diretor regional do Sindicato dos Médicos de Santa Catarina em Blumenau, Geraldo Alves da Silva. Ele afirma que demais serviços de emergência, como prontos socorros, também têm dificuldades de encontrar profissionais. Para identificar as causas desse desinteresse, o sindicato vai encomendar uma pesquisa. A expectativa é receber os resultados até novembro, para estudar formas de incentivar o trabalho no setor.

Fonte: www.santa.com.br
daiane.costa@santa.com.br

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