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quinta-feira, 30 de abril de 2009

GRIPE SUINA


A gripe suína é uma doença respiratória de porcos, causada por um virus influenza tipo A, que causa
































A gripe suína é uma doença respiratória de porcos, causada por um vírus influenza tipo A, que causa regularmente crises de gripe em porcos. Ocasionalmente, o vírus vence a barreira entre espécies e afeta humanos. O vírus da gripe suína clássico foi isolado, pela primeira vez, em um porco, em 1930. Saiba o que conhecemos desta doença.

GRIPE SUINA

A gripe suína é uma doença respiratória de porcos, causada por um virus influenza tipo A, que causa regularmente crises de gripe em porcos. Ocasionalmente, o virus vence a barreira entre espécies e afeta humanos. O vírus da gripe suína clássico foi isolado, pela primeira vez, em um porco, em 1930. Como todo vírus de gripe, estes também mudam constantemente. Os porcos podem ser, e ter sido, infectados por vírus de gripe aviária e/ou humana.

COMO OS SERES HUMANOS PEGAM GRIPE SUÍNA?Normalmente, esses vírus não infectam humanos. Entretanto, vez por outra, mutações no vírus permitem que eles contaminem pessoas. Na maioria das vezes, os contágios acontecem quando há contato direto de humanos com porcos. Mas também já houve casos em que, após a transmissão inicial do porco para o homem, a partir dali o vírus passou a circular de pessoas para pessoas, ocorrendo como uma gripe tradicional, pela tosse ou pelo espirro de pessoas infectadas.

CONSUMIR CARNE DE PORCO PODE CAUSAR GRIPE SUÍNA?
Não Ao cozinhar a carne de porco a 70ºC, o vírus da gripe são completamente destruídos, impedindo assim qualquer tipo de contaminação.

O QUE FAZER PARA EVITAR O CONTÁGIO?
O CDC (Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos EUA) fez algumas recomendações para evitar a doença.
-Cubra seu nariz e boca com um lenço quando tossir ou espirrar. Jogue no lixo o lenço após o uso.
-Evite tocar seus olhos, nariz ou boca. Os germes se espalham deste modo.
-Se possivel evite contato sem proteção com pessoas com sinais e sintomas de gripe, e que estiveram em area de risco.
-Lave suas mão sempre, isso ja diminui a transmição da gripe comum, em 30%.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Classificação Seletivo SAMU - Blumenau

Segue lista de classificação Seletivo SAMU
Função: Técnico em Enfermagem Vagas: 01


Classificação Nome
1º Mercedes Claudiana da Rosa Zen Dacol
2º Dilmara Aparecida de Oliveira
3º João Cristiano Odorizzi
4º Rosi Meri Cezar
5º Ronaldo Manske
6º Gisele Wischral
7º Eliane Calegari
8º Mara Aparecida de Melo
9º Suellen Aparecida Pismel de Araujo
10º Rafael Giacomelli
11º Reginaldo Bento
12º Priscila Figueiredo
13º Jaiane Pires da Silva



Função: Enfermeiro Vagas: 01

Classificação Nome
1 Eulália Silva
2 Rosane Aparecida Correia
3 Fabio Andre Correia Magrini
4 Andre Romano Krenczinski
5 Marlene Stolf
6 Sofia Eliane dos Santos
7 Gabriela Zogbi Bueno
8 Marciane Vieira Reinert
9 Benoni Sidnei Brizolla
10 Rachel Kuchenbecker
11 Andria Carine Giehl
12 Aline Zabel Moraes
13 Simone de Liz
14 Elisangela Aparecida Bortolo Poli
15 Ariane Aparecida Pacher
16 Monique Afonso Leite
17 Camila Matteucci Bitencourt

fonte: http://www.saude.sc.gov.br/

domingo, 26 de abril de 2009

APRESSADINHO!!!






Foi realizado um parto de Urgência na VTR-USB02 do SAMU Blumenau no dia 25/04/09 por volta das 02:30hs. A paciente Zilma de 27 anos de idade teve seu 7º filho em trajeto ao Hospital Santo Antônio de Blumenau. Na viatura atuavam o Téc. Enfermagem André P. Balotin e Motorista Socorrista Sidnei Fossa , ambos realizaram o parto de forma que tanto a mãe e o bebê passam bem. Os mesmos foram entregues a equipe da sala de parto que deu seguimento ao atendimento.
Esta matéria foi exibida no Jornal do Almoço do Grupo RBS.
CUIDADOS AO SE REALIZAR UM PARTO DE EMERGÊNCIA.

-Mantenha a calma e dê apoio psicológico à futura mãe.

-Quando as contrações aumentarem de freqüência ou a bolsa de água se romper, mande a parturiente se deitar na superfície preparada de costas ou de lado.

-Quando as contrações passarem a se realizar de três em três minutos ou de dois em dois minutos, o nascimento pode estar prestes a acontecer.

-Mande a paciente deitar de costas, reter a respiração e fazer força, segurando as coxas por trás dos joelhos e puxando a perna. A primeira parte da criança a aparecer é a cabeça. Quando a cabeça começar a aparecer, coloque uma toalha limpa embaixo das nádegas da mãe e outra entre as sua pernas.

-Não se desespere se a cabeça voltar a desaparecer, é normal entre as contrações.

-Ampare a cabeça do bebê com as mãos em concha. Se estiver coberta por uma membrana, retire-a rapidamente.

-Se o cordão umbilical estiver enrolado no pescoço do bebê, coloque um dedo por baixo do cordão até afrouxá-lo o suficiente para passar por cima da cabeça.

-Quando a cabeça estiver saindo, diga à mãe para parar de fazer força para que a criança não seja expelida agressivamente.

-Quando um ombro sair ampare-o e imediatamente sairá o outro.

-Vá amparando o resto do corpo com as mãos à medida que o bebê for saindo. Nunca, em nenhuma fase, puxe o bebê.

-Retire qualquer muco da boca e nariz do bebê com um pano limpo depois que ele acabar de sair. Se o bebê não respirar prontamente, segure-o com a cabeça mais baixa, para que expulse o muco remanescente.

-Depois que o bebê estiver respirando bem, deite-o de costas. Amarre com firmeza o cordão umbilical com os clanpes umbilicais, na falta delesimprovise com uma gase aberta e enrolada. Clampiando a aproximadamente 15 cm e outro a 20 cm do umbigo. Corte entre os dois nós com uma tesoura esterilizada.

-Faça um terceiro clampe se possivel 10 cm do umbigo e cubra o umbigo com um tampão tipo gaze.

-Dê o recém nascido para mãe, bem agasalhado. É bom deixá-lo ainda com a cabeça mais baixa que o resto do corpo para liberar qualquer muco remanescente.

-Envolva a mãe em cobertas enquanto espera a expulsão da placenta, que deve acontecer de 5 a 15 minutos após o nascimento. Coloque um recipiente entre as pernas da mãe para acolher a placenta.

-Se possivel guarde a placenta para mostrar ao médico.

-Condusa os dois (mãe e bebê) com calma ao hospital, ou se ja estiver a caminho continue o trajato com mais cautela.

Primeiros Socorros ( coração ) - SAMU ESCOLA

O que acontece ?
O enfarte ou ataque cardíaco, mais precisamente chamado de infarto do miocárdio, é a obstrução de uma artéria, impedindo o fluxo sanguíneo para uma área do coração, lesando-a. Ele pode ser fatal, por isso necessita de ajuda médica imediata.

O que fazer ?
Providencie auxílio médico imediato. Ligue 192
Deixe o paciente em posição confortável, mantendo-o calmo, aquecido e com as roupas afrouxadas.
Se houver parada cárdio-respiratória, aplique a ressucitação cárdio-pulmonar.

Parada cárdio-respiratória

O que acontece ?
Em decorrência da gravidade de um acidente, pode acontecer a parada cárdio-respiratória, levando a vítima a apresentar, além da ausência de respiração e pulsação, inconsciência, pele fria e pálida, lábios e unhas azulados.


O que não fazer ?
Não dê nada à vítima para comer, beber ou cheirar, na intenção de reanimá-la.
Só aplique os procedimentos que se seguem se tiver certeza de que o coração não esta batendo.



Procedimentos preliminares
Se o ferido estiver de bruços e houver suspeita de fraturas, mova-o, rolando o corpo todo de uma só vez, colocando-o de costas no chão.
Faça isso sempre com o auxílio de mais duas ou três pessoas, para não virar ou dobrar as costas ou pescoço, evitando assim lesar a medula quando houver vértebras quebradas. Verifique então se há alguma coisa no interior da boca que impeça a respiração.

A ressucitação cárdio-pulmonar

Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a outra e localize a extremidade inferior do osso vertical que está no centro do peito (chamado osso esterno).



Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve aplicar respiração boca-a-boca, firmando a cabeça da pessoa e fechando as narinas com o indicador e o polegar, mantendo o queixo levantado para esticar o pescoço.



Enquanto o ajudante enche os pulmões, soprando adequadamente para insuflá-los, pressione o peito a intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a bater.
Esta seqüência deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça apenas compressões toráxicas; se houver alguém ajudando-o, faça dois sopro para cada trinta compressões.

ENQUETE ENCERRADA

VOCÊ É A FAVOR DO CÓDIGO 02 PARA ACIONAMENTO DAS VIATURAS

SIM 3 (10%)

NÃO 25 (89%)

Votos até o momento: 28
Enquete encerrada

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Reconhecimento

Jornal de Santa Catarina
MOACIR PEREIRA - 22/04/2009

Os argentinos e a saúde

Digno de registro o atendimento que as autoridades e o povo em Santa Catarina prestaram às vítimas do grave acidente de Rancho Queimado, na BR-282. Começou pela agilidade no resgate dos sobreviventes e imediata transferência para hospitais. Destaque, como sempre, para os profissionais do Samu, que prestam um serviço público extraordinário. Só quem conhece o trabalho que eles fazem nos mais distantes pontos do Estado pode avaliar o valor. Exige conhecimento científico, domínio técnico e muita sensibilidade humana.Durante o verão, estas unidades de emergência realizam notáveis atendimentos, salvando preciosas vidas humanas e evitando que feridos em acidentes tenham mutilações mais graves. A área da saúde, portanto, cumpriu – com louvor – sua missão.
A anotar, também, a presença da secretária-adjunta Carmen Zanotto, em contato permanente com os hospitais e serviços de assistência médica. Elogiável foi, também, segundo as avaliações preliminares, o desempenho do setor de segurança pública. Começou com as intervenções profissionais da Policia Rodoviária Federal, agindo minutos depois da lamentável ocorrência. Passou pelos policiais estaduais convocados para a operação de atendimento e abertura dos inquéritos. Continuou com o próprio secretário Ronaldo Benedet, determinando ações complementares.
Até o coordenador da Defesa Civil, major Márcio Alves, foi acionado para visitar os sobreviventes nos hospitais e oferecer-lhes roupas para a emergência, dando conforto material às senhoras idosas traumatizadas.Avançou com o trabalho do delegado de Proteção ao Turista, José Carlos Ramos Oliveira que, segundo todos os testemunhos insuspeitos, foi incansável. O cônsul argentino ofereceu parecer semelhante.







Capacitação do SAMU - Informativo

Atenção Samu Vale do Itajai

Dia 25 de abril, na SDR - Secretária de Desenvolvimento Regional de Blumenau acontecerá a segunda Capacitação do SAMU 192 em 2009

TEMA: Atendimento de acidente com mutiplas vítimas.

Entre em contato com sua secretaria e compareça.

Relatório Estatístico SAMU 192 2008

segunda-feira, 20 de abril de 2009

OBRIGADO!!!

Acidente com ônibus Argentino em SC - SAMU EM AÇÃO

Equipes de resgate confirmam sete mortes em acidente com ônibus argentino em Santa Catarina.
Dos 28 passageiros levados aos hospitais, 13 tiveram ferimentos leves e 15 ferimentos graves.



Depois de cinco horas de trabalho, as equipes de resgate confirmaram a morte de sete pessoas no acidente com um ônibus argentino em Rancho Queimado, na Grande Florianópolis. O veículo caiu de uma ribanceira de 60 metros de altura no km 65 da BR-282 na noite de domingo. As equipes de resgate chegaram a confirmar 13 mortes, mas de acordo com o número oficial, divulgado por volta da 0h30min desta segunda-feira, foram sete vítimas. Outros 28 passageiros foram resgatadas com vida e encaminhados a hospitais de São José, Florianópolis e Lages. Destes, 13 teriam ferimentos leves e 15 ferimentos graves Na lista oficial da empresa de viagem, 35 pessoas estariam dentro do ônibus, sendo 32 mulheres e três homens.

Mesmo tendo encontrado todas as pessoas que estariam no ônibus as buscas não foram encerradas e devem ser retomadas pela manhã para garantir que não haja mais corpos.Os passageiros eram turistas da terceira idade que estariam voltando de Balneário Camboriú — destino frequente de idosos nessa época do ano — onde estavam desde o dia 14.

O local onde o ônibus caiu é de difícil acesso, em uma curva para a direita no sentido Litoral-Oeste. O veículo ficou tombado, com as rodas para cima. O ponto em que o ônibus parou fica em meio à mata, em uma propriedade rural. As ambulâncias ficaram fora da BR-282, nas estradas de acesso às propriedades, e, por isso, não houve a necessidade de fechar as pistas da rodovia.

Pelo menos 20 carros de salvamento ajudaram no resgate. Para chegar ao ponto da queda, as equipes precisaram cortar partes da vegetação. Produtores rurais também cederam tratores para facilitar o transporte dos feridos até as ambulâncias e os moradores também contribuíam para o resgate. Como o local estava muito escuro, o salvamento precisou ser feito com lanternas.

O trabalho das equipes de resgate foi intenso. Muitas pessoas ficaram presas nas ferragens. Uma das vítimas com ferimentos leves, Julia Ocho Teco, 56 anos, contou que o ônibus fazia movimentos de vai e vem antes do acidente. Segundo ela, o ônibus deixaria passageiros nas cidades de Posadas e Obrido, na Província de Misiones, na Argentina. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) cogita as possibilidades de que o veículo estivesse em alta velocidade ou que o motorista tenha dormido no trajeto. A maioria dos passageiros feridos foram encaminhados para os hospital Governador Celso Ramos em Florianópolis, e Regional em São José. Uma vítima foi levada ao Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, em Lages, na Serra.

Fotos


Fonte: Diário Catarinense.

domingo, 19 de abril de 2009

Primeiros Socorros - PROJETO SAMU ESCOLA


A importância dos primeiros socorros
A grande maioria dos acidentes poderia ser evitada, porém, quando eles ocorrem, alguns conhecimentos simples podem diminuir o sofrimento, evitar complicações futuras e até mesmo salvar vidas.
O fundamental é saber que, em situações de emergência, deve se manter a calma e ter em mente que a prestação de primeiros socorros não exclui a importância de um médico. Além disso, certifique-se de que há condições seguras o bastante para a prestação do socorro sem riscos para você. Não se esqueça que um atendimento de emergência mal feito pode comprometer ainda mais a saúde da vítima.

O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: deixar de prestar socorro à vítima de acidentes ou pessoas em perigo eminente, podendo fazê-lo, é crime.

O que são primeiros socorros?
Como o próprio nome sugere, são os procedimentos de emergência que devem ser aplicados à uma pessoa em perigo de vida, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento, até que ela receba assistência definitiva.

Quando devemos prestar socorro?
Sempre que a vítima não esteja em condições de cuidar de si própria.

Quais são as primeiras atitudes?
Geralmente os acidentes são formados de vários fatores e é comum quem os presencia, ou quem chega ao acidente logo que este aconteceu, deparar com cenas de sofrimento, nervosismo, pânico, pessoas inconscientes e outras situações que exigem providências imediatas.
Quando não estivermos sozinhos, devemos pedir e aceitar a colaboração de outras pessoas, sempre se deixando liderar pela pessoa que apresentar maior conhecimento e experiência.
Se essa pessoa de maior experiência e conhecimento for você, solicite a ajuda das demais pessoas, com calma e firmeza, demonstrando a cada uma o que deve ser feito, de forma rápida e precisa.


Apesar da gravidade da situação devemos agir com calma, evitando o pânico.
Transmita confiança, tranqüilidade, alívio e segurança aos acidentados que estiverem conscientes, informando que o auxílio já está a caminho.
Aja rapidamente, porém dentro dos seus limites.
Use os conhecimentos básicos de primeiros socorros.
Às vezes, é preciso saber improvisar.


sábado, 18 de abril de 2009

SAMU em ação.

Acidente na Rua José Deeke fere motociclista
O motociclista André Rafael dos Santos, 22 anos, foi parar no Hospital Santo Antônio sexta-feira de manhã com ferimentos leves. Segundo a Guarda Municipal de Trânsito, ele conduzia uma motocicleta Yamaha XTZ 125, placa de Blumenau, e se envolveu em um acidente com um caminhão frigorífico, placas de Pouso Redondo, que tentava sair da Rua José Deeke, Bairro Escola Agrícola, e entrar numa transversal para fazer entrega em um estabelecimento comercial. O principal problema, segundo a Guarda, foi a falta de sinalização, que impediu o motociclista de ver a manobra e diminuir a velocidade. A pancada foi tão forte que o rapaz foi arremessado contra o parabrisa do caminhão, que quebrou.

Fonte: Jornal do SANTA

http://www.clicrbs.com.br/jornais/jsc

sexta-feira, 17 de abril de 2009

ENQUETE ENCERRADA

RCP Atualizada. Parte 02

Compressão torácica mecânica

Uma das principais preocupações do Guidelines 2005 é a qualidade da ressuscitação cardiopulmonar (RCP), principalmente na sua etapa de compressão torácica. Em diversos estudos, utilizados como bases para sua composição, evidenciaram que a RCP, mesmo quando realizada por profissionais de saúde (PDS), é frequentemente feita de modo inadequado – ventilações excessivas (quando via aérea avançada presente), compressões torácicas com interrupções constantes, além de lentas ou muito superficiais – ocasionando a diminuição do débito cardíaco, queda da pressão de perfusão coronariana e piora evolução.

Dispositivos alternativos estão sendo desenvolvidos e estudados, alguns já estão em pleno uso, por exemplo, o LUCAS, o qual é um compressor mecânico que, acoplado ao tórax do paciente, executa compressões ininterruptas. Este equipamento consiste em um pistão pneumático, com uma ventosa em sua ponta, que comprime o peito do paciente contra uma bandeja, essa é posicionada na parte posterior do paciente. (veja um vídeo aqui).

Em um estudo recente, realizado no hospital universitário de Brugmann, em Bruxelas, envolvendo 150 pacientes que sofreram parada cardiorrespiratória súbita, foi observado que dos 123 pacientes reanimados com o LUCAS, 71 (57,7%) tiveram o retorno da circulação espontânea (RCE), comparado com o grupo controle de 140 pacientes, o qual foi utilizado apenas compressões torácicas manuais. Neste grupo, 31 (22,14%) pacientes tiveram RCE.

O LUCAS não é liberado para uso pelo FDA nos Estados Unidos, entretanto, é permitido em diversos países da Europa. Ainda são necessários muitos estudos para uma utilização ampla de dispositivos alternativos de compressão torácica, além disso, é necessário avaliar os conflitos de interesses nos estudos já existentes.

Os benefícios de um dispositivo de compressão mecânica são diversos: permite que os integrantes da equipe de atendimento se preocupem com outras intervenções; após ajustado, não interrompe nem perde o ritmo das compressões torácicas; permite a realização de RCP durante o transporte do paciente, não colocando em risco a equipe.

Em contrapartida, seu uso é limitado ainda para adultos, há artigos demonstrando uma incidência maior de fratura de esterno do que no método manual e não há pesquisas sobre o uso em pacientes com PCR associado ao trauma.

Nos diversos artigos que consultei não encontrei nenhum que apresentasse resultados concretos de melhora na sobrevida a longo prazo, mas, em quase todos, houve uma melhora hemodinâmica do paciente em curto prazo. Toda tecnologia nova, na medicina, é bem-vinda, desde que seu benefício seja maior que o custo e seus dados se baseiem em evidências.

Este artigo não foi patrocinado por nenhuma empresa e tem apenas motivação científica.


quinta-feira, 16 de abril de 2009

RCP Atualizada. Parte 01


Atualização na área de Ressuscitação Cardiopulmonar.

RCP com apenas compressão torácica para socorristas leigos?

Especialistas em ressuscitação cardiopulmonar estão animados com recentes relatórios que demonstram a melhora da sobrevida em vítimas de morte súbita por parada cardiorrespiratória (PCR). Tais resultados estão relacionados com a ênfase na promoção de fluxo sangüíneo promovido pelo guidelines 2005 e diversos relatórios individuais do sistema médico de emergência (SME). '1,2' Socorristas leigos das comunidades, serviços médicos de emergência e hospitais centrais devem coordenar esforços para continuar a melhora da sobrevida em vítimas de morte súbita por PCR. Pessoas leigas podem desempenhar um papel importante salvando centenas de vidas. Indivíduos leigos são, tipicamente, os primeiros a reconhecerem um evento de PCR, ativar o serviço médico de emergência, providenciar um desfibrilador externo automático (DEA) e executar ressuscitação cardiopulmonar (RCP) até a chegada do suporte avançado.

Entre estas ações, a RCP executada por um socorrista leigo tem o papel principal. Contudo, há boas e más notícias a respeito da RCP por circunstante (pessoa presente no local). A boa notícia é que a RCP por circunstante pode mais que dobrar resultados de sobrevivência, particularmente, em casos que a PCR é testemunhada.'3-4' A má notícia é que a pessoa leiga realiza RCP de imediato para apenas 1 de cada 3 vítimas de PCR.'3-5' Assim, devemos compreender e superar as barreiras que impossibilitam que mais vítimas recebem RCP de circunstante.

Barreiras para aplicação de RCP por leigos.

RCP por circunstante é convencionalmente definida como realização de boca-a-boca e compressões torácicas executadas por alguém que não faz parte de um sistema de resposta organizada. Freqüentemente a única pessoa disponível em um evento de PCR no ambiente fora do hospital é uma pessoa leiga que pouco conhece sobre atendimento de emergência. Diversas barreiras para a realização da RCP por circunstantes foram propostas na base de perspectivas de entrevistas, incluindo:

1. Medo de transmissão de doenças durante a execução da ventilação boca-a-boca'6' e

2. Ajustar-se a complexidade da habilidade que pode ser difícil de ensinar, aprender, recordar e executar.

As entrevistas com circunstantes reais que presenciaram um evento de parada cardiorrespiratória, documentaram que a maioria (69%) dos circunstantes eram membros da família e que não temeram a doença. Ao invés, a reação do pânico, medo de causar um dano ou de não realizar as manobras corretas eram as razões mais comuns para não tentar a ressuscitação cardiopulmonar na PCR.'8,9'

Uma proposta para superar algumas barreiras é simplificar a RCP por circunstantes ensinando ou instruindo socorristas leigos a realizar apenas compressões torácicas para vítimas adultas que subitamente colapsam e não respondem. Essas vítimas, geralmente, não estão previamente hipoxêmicas ao seu colapso e não demandam de grandes quantidades de oxigênio durante os primeiros minutos da parada cardiorrespiratória. Os autores que sugerem apenas compressões torácicas criticam a ventilação boca-a-boca:

1. Aumenta a complexidade da instrução da RCP.

2. Acarreta no risco de insuflação gástrica e subseqüentemente broncoaspiração de conteúdo gástrico.'10'

3. Requer interrupção das compressões torácicas, prejudicando a perfusão coronariana e uma, possível, reanimação bem sucedida.'11,12'

A eliminação da ventilação boca-a-boca não pode afetar a oxigenação durante os primeiros minutos da RCP para vítimas adultas de PCR. O oxigênio está limitado a mioglobina e hemoglobina e está presente nos pulmões, constituindo uma reserva que pode durar vários minutos, além de ser parcialmente renovado mediante a movimentação do ar produzida pelas compressões torácicas e, se a via aérea estiver patente, durante a respiração agônica (gasps). Os autores que sugerem a RCP com apenas as compressões torácicas argumentam que mais circunstantes agirão se não tiverem que executar a ventilação boca-a-boca,'9' resultando em um aumento nas RCPs por pessoas leigas.

A RCP com apenas compressões torácicas não é indicada quando a PCR é secundária a um problema respiratório (por exemplo, afogamento, overdose por drogas, eletrocussão e crise asmática), quando a administração de oxigênio é prioritária. Além disso, PCRs por causas respiratórias são mais comuns em crianças, por isso RCP com apenas compressões torácicas não são indicadas nessa idade, a não ser que um colapso súbito ocorra.

Alguns dados clínicos sustentam a RCP com apenas compressões torácicas em adultos. Um estudo com atendentes realizado por Hallstrom e colaboradores, publicado em 2000'13', não mostrou diferença entre a sobrevivência das vítimas que receberam apenas compressões torácicas (instruídas por um atendente) comparado com as vítimas que receberam RCP convencional. É importante lembrar que neste estudo em Seattle, os socorristas chegaram à cena da vítima colapsada com aproximadamente 4 minutos após a ligação para o SME. Um estudo observacional realizado na Região de Kanto no Japão e publicado em 2007 por Nagao e colaboradores,'14' mostrou que a RCP com apenas compressões torácicas foi tão efetiva quanto a RCP convencional realizada conforme o guidelines 2000 em vítimas de PCR testemunhada. Em posterior análise de um subconjunto de vítimas com ritmos chocáveis e pequenos períodos (menos que 4 minutos) de PCR sem tratamento, a sobrevivência entre as vítimas que receberam RCP com apenas compressões torácicas foi maior do que a das vítimas que receberam RCP convencional. Entretanto, um estudo prospectivo aleatorizado comparando diretamente a RCP com apenas compressões torácicas e a convencional é preciso.



(Por Raúl J. Gazmuri, MD, PhD, FCCM)

quarta-feira, 15 de abril de 2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009

SAMU em ação


Trevo de Gaspar deixa cinco feridos

GASPAR - Cinco pessoas ficaram gravemente feridas no trevo que dá acesso a Gaspar, na BR-470. Uma carreta Scania, de Porto Belo, colidiu ontem à tarde na lateral de um Chevette de Pomerode. Os bombeiros precisaram cortar a parte de cima do veículo para retirar os ocupantes.Cinco ambulâncias de Gaspar e Blumenau atenderam a ocorrência.

No carro, estavam pai, mãe, dois filhos e a namorada de um deles. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, a família retornava do Santuário de Madre Paulina, em Nova Trento, para Pomerode.De acordo com os bombeiros, Adriano Lopes, 22 anos, que conduzia o veículo, e a mãe, Terezinha Ferreira Lopes, 43, apresentavam o quadro mais grave. Ainda de acordo com os bombeiros, os outros ocupantes, Arcenir Lopes, 49, Tatiane Lopes, 17, e Jéssica de Lima, 17, também sofreram ferimentos. O motorista do caminhão nada sofreu.A Polícia Rodoviária Federal alerta que os acidentes são constantes no local.

A polícia aconselha sempre redução da velocidade ao passar pelo trevo e atenção redobrada aos veículos que saem de Gaspar. De acordo com a PRF, a BR-470 passa por obras desde Navegantes até Indaial, o que exige precaução

SAMU EM "CAMINHO DAS INDIAS"

sábado, 11 de abril de 2009

FELIZ PASCOA!!!

A EQUIPE DO SAMUBLU DESEJA A SEUS SEGUIDORES E VISITANTES UMA FELIZ PASCOA!!!


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quinta-feira, 9 de abril de 2009

Biomecânica do trauma na avaliação ao politraumatizado

Especialistas em trauma costumam argumentar que o atendimento pré-hospitalar ao politraumatizado inicia-se no momento em que os socorristas recebem o chamado. Sem dúvida, há uma grande vantagem em dirigir-se ao local do evento sabendo previamente das suas características principais.

Por exemplo, uma equipe de resgate que é acionada para uma colisão frontal de veículo automotor em que os ocupantes estavam sem cinto de segurança, sabe quais as principais lesões que podem ser encontradas.A avaliação da vítima traumatizada não consiste apenas nos achados do exame físico, mas também na suspeita de lesões que não são visíveis ao exame.



O socorrista deve utilizar o conhecimento da cinemática do trauma para avaliar ou suspeitar do tipo e gravidade da lesão.A identificação do tipo de energia, intensidade e tempo em que foi transferida são informações que podem auxiliar na avaliação do politraumatizado. Além disso, o socorrista deve correlacionar os mecanismos de lesão com as áreas anatômicas afetadas, melhorando e aumentando ainda mais o número de informações obtidas.


O uso da biomecânica na avaliação da vítima pode diminuir o tempo para identificação de algumas lesões graves, principalmente no abdome e quadril, e contribuir para o aumento de sobrevivência do traumatizado.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Processo seletivo para Médicos do SAMU SC - Último dia

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A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina está com 328 vagas abertas para médicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Os profissionais serão contratados como ACTs (a caráter temporário, mas com todos os direitos trabalhistas). O salário mensal é de R$ 4.200,00 mais auxílio-alimentação para 20 horas de trabalho semanais. O SAMU abriu 27 vagas em Joinville, 13 em Lages, 45 em Florianópolis, 18 em São José, 27 em Blumenau, 27 em Balneário Camboriú, 27 em Criciúma, 18 em Joaçaba e 27 em Chapecó. Também foram abertas nove vagas para cada uma das seguintes cidades: Jaraguá do Sul, Canoinhas, Mafra, Rio do Sul, Itajaí, Tubarão, Araranguá, São Joaquim, Curitibanos, Xanxerê e São Miguel do Oeste.

Os candidatos podem fazer sua inscrição através do site http://www.saude.sc.gov.br/, no link Processos Seletivos Simplificados, até 8 de abril. Além disso, devem enviar, até esta data, a documentação exigida por correio ou através das sedes das gerências de saúde e do SAMU espalhadas pelo Estado. Após a contratação, os profissionais passam por uma capacitação específica para a realização de atividades intervencionistas e reguladoras.Santa Catarina foi o primeiro estado brasileiro a oferecer cobertura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) a 100% da população através de Centrais Reguladoras. Cada Central é composta por ambulâncias de suporte básico, UTIs móveis, médicos, técnicos e enfermeiros preparados para trabalhar em situações de urgência que envolvam ocorrências clínicas ou traumáticas.

10 mandamentos do socorrista

1. Manter a calma.

2. Ter em mente a seguinte prioridade de segurança quando estiver prestando socorro:
- Primeiro eu (socorrista)
- Depois minha equipe (incluindo os transeuntes e curiosos no local)
- E por último a vítima

3. Solicitar o socorro especializado: ligar 192 (SAMU) ou outros recursos adicionais necessários.

4. Verificar a segurança da cena, analisando os riscos para si próprio e a equipe, antes de se aproximar do local onde se encontra(m) a(s) vítima(s).

5. Fazer uso do bom senso.

6. Manter postura de liderança e espírito do trabalho em equipe, solicitando ajuda e afastando os curiosos.

7. Distribuir tarefas simples aos transeuntes, para ajudar no controle da cena e não atrapalharem o atendimento, colaborando assim com o trabalho do socorrista.

8. Evitar manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente e com pressa) mantendo a razão à frente da emoção.

9. Dar preferência de socorro às vítimas que correm maior risco de morte.

10. Ser SOCORRISTA e não herói. (Lembre-se do 2º mandamento)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Curso de PHTLS Blumenau



O curso orienta profissionais da área de saúde no atendimento pré-hospitalar do paciente traumatizado.
Abaixo segue mais detalhes do curso

ORGANIZAÇÃO O curso é feito em um total de 20 horas, divididas em dois dias de atividades integrais com aulas teóricas e práticas.Os temas desenvolvidos nos cursos ministrados são:

- Cinemática do Trauma;
- Avaliação e Atendimento;
- Vias Aéreas e Ventilação;
- Choque e Reposição Volêmica;
- Trauma Raquimedular;
- Trauma na Criança e no Idoso;
- Trauma Torácico;
- Trauma Abdominal;
- Trauma na Gravidez;
- Trauma Craniencefálico;
- Trauma Músculo-Esquelético;
- Lesões Térmicas;

Princípios de Ouro no Atendimento do Doente Traumatizado Em cada um dos temas, é revista a anatomia, a fisiologia e a fisiopatologia pertinentes. As atividades práticas, ponto forte do programa, permitem treinar, em situação simulada, mas com bastante realismo, o atendimento ao doente traumatizado com ênfase na Avaliação da Cena e da Biomecânica do trauma e nos aspectos fundamentais, tanto da avaliação, quanto do atendimento do doente, dentro do princípio de fazer no local apenas as intervenções necessárias, já que o tratamento definitivo do doente traumatizado só pode ser feito no hospital, muitas vezes até no centro cirúrgico. Assim, o PHTLS preconiza que não se perca tempo no local em avaliações e intervenções que não são fundamentais naquele momento, particularmente em se tratando de doente grave.

ATIVIDADES PRÁTICAS

- Avaliação e Atendimento;
- Vias Aéreas e Ventilação;
- Retirada Rápida;
- Imobilização de Coluna e de Membros;
- Avaliação e Imobilização da Criança;
A grande vantagem da implementação do programa PHTLS, particularmente entre os profissionais de atendimento pré-hospitalar, é que ele permite uniformizar a linguagem e prestar atendimento sistematizado à vítima de trauma, evitando perder tempo ou deixar de dar, em cada momento, o melhor atendimento possível. Com outras palavras, quando o atendimento é feito, desde o início, de forma adequada, melhora muito o prognóstico do doente traumatizado, que é o objetivo do atendimento. A literatura médica apresenta já evidências de que o programa PHTLS traz, de fato, benefícios.

Datas
06 E 07 DE JUNHO 2009
Instrições:
De 1 de Março a 15 Abril de 2009
Carga Horária:
20h
Investimento:
R$ 1250,00



Maiores informações pelo site: http://www.phtlsblumenau.com/

O Trauma no Brasil.

O Trauma, no Brasil, é a principal causa de óbito nas primeiras quatro décadas de vida, além disso, ocupamos o trágico 1º lugar (do mundo) em números de mortos por arma de fogo (SIM/MS, 2004). Esse panorama imprime um sério desafio para o país em termos sociais e econômicos.Faz-se necessário saber que o trauma é um grande problema de saúde pública, acarretando um forte impacto na sociedade brasileira, principalmente em sua morbidade e mortalidade. É imprescindível discutir, analisar e propor soluções de imediato!A doença trauma em nosso país passou a receber alguma atenção cerca de 20 anos atrás, entretanto, nossas propostas e soluções foram baseadas em realidades estrangeiras (EUA e França), não satisfazendo as exigências sociais demográficas, geográficas e econômicas que o Brasil apresenta.



Complementando o quadro de total desinteresse brasileiro pelo trauma nossas estatísticas são escassas e falhas, impedindo uma análise real da carnificina brasileira.Não obstante, o trauma não é tratado como doença por grande parte dos profissionais de saúde, sendo reduzido (seu tratamento) apenas ao atendimento no ambiente pré-hospitalar e hospitalar. O completo desconhecimento de outras etapas da assistência ao traumatizado, como, prevenção, reabilitação, re-inserção social e acompanhamento psicológico, demonstram que o sistema de atenção ao trauma é fragmentado, ineficiente e sem qualquer planejamento.Faz-se necessário, mais uma vez, saber que trauma não é acidente! Trauma é uma doença, que tem epidemiologia, fisiopatologia, morbidade e mortalidade conhecidas. Seu tratamento é complexo e requer desse modo uma assistência muito distinta.



O Brasil precisa, mediante iniciativas do Estado, da sociedade médica e civil, atingir maturidade no que tange o tema trauma. Temos que nos aprofundar no estudo dessa horrorosa doença e buscar soluções concretas e possíveis. É indispensável à incorporação pela sociedade brasileira de uma cultura permanente e civilizatória de educação e prevenção do trauma.


(Por Paulo Pepulim)

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Atendimento Pré-hospitalar no Brasil. Parte 3

Corpo de Bombeiros Militar
Criado em 1856 por Dom Pedro II, o Corpo de Bombeiros dispõe de diversos grupamentos, entre eles, o GSE (Grupamento de Socorro e Emergência) que é responsável pelo atendimento pré-hospitalar (APH). Desenvolvido a partir de 1981, foi o pioneiro no resgate de vítimas feridas e atualmente funciona sob um modelo fora das normas do anexo da Portaria nº 2048/GM, desprovido de regulação médica, integração com o Sistema Único de Saúde (SUS) e formação, dos profissionais tripulantes de ambulâncias, por meio dos Núcleos de Educação em Urgências (NEUs). Por outro lado, é o órgão público responsável pela maioria dos atendimentos às vítimas de trauma.A estrutura do GSE, no que tange o atendimento pré-hospitalar, é formada por unidades básicas, tripuladas por condutores e técnicos em emergências médicas (TEM), e por unidades avançadas, tripuladas por condutores, médicos (militares ou não) e TEMs. Algumas unidades dos Corpos de Bombeiros possuem motocicletas, conduzidas por bombeiros socorristas e equipadas com materiais de suporte básico de vida. Aeronaves de asa rotativa são utilizadas no atendimento às vítimas graves.O Corpo de Bombeiros possui uma central telefônica, 193, a qual direciona as ocorrências para o quartel mais próximo do evento. Contudo, não há regulação médica integrada a outros serviços e as vítimas são quase sempre removidas para os hospitais de referência. Além disso, os bombeiros não atendem no domicílio. As emergências nestes locais somente receberam atenção após 2003, com a implantação do serviço de atendimento móvel de urgência.



Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)

O SAMU é o principal resultado da Política Nacional de Atenção às Urgências. Ele reflete a opção, do Ministério da Saúde (MS), pelo modelo franco-alemão de atendimento pré-hospitalar, tendo como principais características a regulação médica e integração total com o SUS, assim como, monitorização e regulação total das vagas disponíveis em todos os hospitais credenciados pelo MS, sejam públicos ou particulares. Segundo o MS, atualmente, o SAMU atende 926 municípios, conta com 114 serviços e cobre 92.7 milhões de brasileiros.A estrutura do SAMU, no que se refere às ambulâncias, é composta de seis tipos: A; B; C; D; E; F, respectivamente, transporte, suporte básico, resgate, suporte avançado, aeronave de transporte médico e embarcação de transporte médico. As unidades de suporte básico são tripuladas por um condutor e um técnico de enfermagem, nas unidades avançadas a tripulação é composta por condutor, médico e um enfermeiro.A rede nacional SAMU 192 é a regulação médica das urgências e emergências pré-hospitalares. Isso confere um atendimento médico direto e indireto a todas as chamadas, permitindo uma resposta mais bem adaptada, assegurando a disponibilidade de hospitalização, além de organizar o transporte e preparar a admissão do paciente no hospital.



Bombeiros x SAMU

A integração entre o SAMU e Bombeiros não é expressiva. Os pioneiros não abrem mão do seu sistema de atendimento e sua hierarquia, enquanto o SAMU, regulamentado de acordo com todas as portarias vigentes, se propaga como modelo nacional. “Mais que um choque de competências, é um embate de diálogo e treinamento.” (Mir/2004). O prazo cedido pela Portaria nº 814/GM de 2001 foi de três anos para que todos os serviços de APH se adequassem as suas normas, entretanto, a padronização nacional ainda não é uma realidade.Na maioria das cidades os dois serviços não são integrados e sequer possuem comunicação entre si, isso implica, muitas vezes, no acionamento dos dois órgãos para a mesma ocorrência, aumentando o gasto público, atrito entre os profissionais e, principalmente, deslocando desnecessariamente uma ambulância. Vale ressaltar que em algumas cidades, como por exemplo, Araras/SP e Rio de Janeiro/RJ, o Bombeiro e o SAMU são integrados, no Rio de Janeiro, especialmente, o Corpo de Bombeiros é quem coordena o SAMU, despachando algumas vezes viaturas do 192 para ocorrências acionadas pelo 193, inclusive. Isso ocorre porque algumas ambulâncias ficam alocadas em quartéis dos bombeiros.O conflito entre as duas entidades esta longe de ser simples. O diálogo deve ser intensificado e direcionado para um ponto comum: Melhor resposta e atendimento. No ponto de vista da maioria dos especialistas, mais importante do que discutir a padronização dos sistemas é criarem uma regulação médica única e articulada. Talvez esse seja o primeiro passo para melhorar o sistema.



(Por Paulo Pepulim)

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Atendimento Pré-hospitalar no Brasil. Parte 2



Da legislação à prática
Após duas arrastadas décadas de evolução legislativa na área de urgência e emergência, principalmente, em sua fase pré-hospitalar, o Brasil tem uma legislação ampla, contudo, longe de ser completa. Adicionando-se a isso, não há uma padronização de todos os serviços de atendimento pré-hospitalar (APH) brasileiros, poucos se adequaram às normas da Portaria n.º 2048/GM. Segundo Mir/2004, “Atualmente, as estruturas dos serviços de atendimento pré-hospitalar do Brasil são diferenciadas, com várias identificações, atuações, atividades, competências, dificultando a implantação de um método nacional”.

Sistema desarticulado
A desarticulação acontece, primeiramente, na porta de entrada das emergências, ou seja, nas centrais telefônicas, estas recebem ligações da população solicitando assistência. No Brasil temos diversas organizações responsáveis pelo atendimento de emergência, as principais e públicas, são: Corpo de Bombeiros; SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência); Defesa Civil e Polícia Militar. Com os números: 193, 192, 199 e 190, respectivamente. Apenas em poucos lugares há a comunicação direta entres os serviços. Em Araras/SP, por exemplo, há certa integração entre o Corpo de Bombeiros e o SAMU, os dois são coordenados por uma central telefônica, a qual distribui as ocorrências, porém outras instituições não participam.

O vasto território brasileiro clama por uma central única, como o 911 dos EUA ou o 000 da Austrália, os quais o circunstante liga e informa sua emergência, ao receber a chamada, o atendente (com treinamento específico) avalia a natureza do evento e despacha a ocorrência para os órgãos mais próximos e competentes para o atendimento (Paramédicos, Bombeiros ou Polícia). Além disso, em caso de emergência médica, o atendente instrui o solicitante a realizar os primeiros socorros, aumentando a possibilidade de sobrevida da vítima. A centralização das chamadas de emergência em apenas um número, permitiria, no Brasil, à integração entre os setores e, conseqüentemente, uma melhor e mais rápida resposta às emergências. Vale ressaltar que a memorização de um único número seria mais fácil para toda a população.

Nossa decoaptação entre os setores vai além. A falta de um canal de comunicação entre as unidades de APH e o hospital, provoca um grave retardo no atendimento da vítima no centro de tratamento definitivo. Por exemplo, se uma unidade de suporte avançado atende um paciente com traumatismo penetrante cardíaco, mas não tem como se comunicar com o hospital de referência, ao chegar à sala de emergência, a equipe cirúrgica não estará imediatamente pronta para a intervenção. O sistema de comunicação, de preferência direta (via rádio), entre APH e pronto socorro (PS) é imprescindível para um melhor prognóstico das vítimas de trauma.

Outra divergência é a falta de inter-relacionamento das equipes do PS com a do APH. O elo entre os dois segmentos do atendimento é o médico regulador, o qual deve, ao início de cada plantão, entrar em contato com os coordenadores dos hospitais de referência para inquirir a capacidade de atendimento de cada centro (esta é umas das funções obrigatórias do médico regulador). Tal medida evitaria grande parte do atrito entre as equipes.



Perspectivas
O Brasil tem um longo caminho pela frente. As dificuldades são diversas, não há uma intersetorialidade concreta entre os responsáveis pelo atendimento de emergência. Não obstante, há esforços sendo feitos. Muitos serviços, por conta própria, criam seus canais de comunicação e articulação com os demais setores, assim como, muitos tripulantes das unidades de resgate se comunicam via telefone (muitas vezes particular) com o hospital de destino.

A articulação entre os setores tem sido o foco de muitas discussões, demos um grande salto com a regulamentação do APH, mas no que tange a formação acadêmica dos profissionais envolvidos com a emergência evoluímos pouco. Acredito que o Brasil tenha um futuro promissor no APH, só que para isso é necessário um diálogo extenso entre as secretarias de saúde e os serviços de APH existentes no país.

Continua...

Um dia para não esquecer...

Destaque de alguns momentos do Desfile Natal Alles Blau em Blumenau, na Rua XV de Novembro, no dia 17/12/2008.

As sirenes, soaram em tom de homenagem.
Depois dos tempos difíceis que a população de Blumenau enfrentou - e tem enfrentado - a emoção marcou o Desfile Especial de Natal, que aconteceu no centro da cidade.

Sendo uma das atrações mais importantes do Natal Alles Blau Blumenau, o desfile começou prestando uma homenagem aos que tanto dedicaram-se a ajudar a cidade e população. Exército Brasileiro, Bombeiros, SAMU, Guarda Municipal, Celesc, entre outros. Faixas com mensagens de otimismo e símbolos de reconstrução foram carregados por homens e mulheres, mostrando ao público que logo as dificuldades serão superadas.

Após o desfile do primeiro tema, entraram os grupos festejando o Natal. Diversos grupos, além dos carros da Planetapéia, trouxeram alegria e desejaram um Feliz Natal ao público.




quarta-feira, 1 de abril de 2009

SAMU em ação.

Rapaz sofre tentativa de homicídio em Blumenau

Vítima teria sido golpeada com faca de cozinha enquanto cobrava dívida de suspeito

Um homem de 28 anos foi esfaqueado na madrugada desta quarta-feira em Blumenau, no Vale do Itajaí. A vítima disse à polícia que foi agredido depois de cobrar uma dívida do suposto agressor. O suspeito usou uma faca de cozinha para ferir o homem, por volta da 0h50min, na Rua Rolândia, bairro Tribess. Ele foi atingido na cabeça, braço direito, rosto e costas.

Equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) socorreu a vítima e a levou ao Hospital Santa Isabel. Segundo informações preliminares, um dos golpes de faca perfurou os pulmões do homem.O suspeito ainda não foi localizado pela polícia, que não divulgou os nomes dos envolvidos. A Polícia Civil não havia sido comunicada da tentativa de homicídio até o início da manhã desta quarta.


DIARIO.COM.BR

fonte: http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense/jsp/default.jsp?uf=2&local=18§ion=Geral&newsID=a2460986.xml

Atendimento Pré-hospitalar no Brasil. Parte 1


O atendimento médico no Brasil Colônia e no Brasil Império era escasso. Em 1789, no Rio de Janeiro, havia somente quatro médicos em atuação (Salles, 1971), o atendimento pré-hospitalar (APH) era inexistente. Em 1808, foi fundada a Escola de Anatomia, Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, quando então se iniciou o transporte e atendimento de vítimas feridas. Desde já, o modelo pré-hospitalar adotado era estrangeiro, realizado por carruagens.

Com a proclamação da república, o atendimento foi integrado ao Estado e passou a ser coordenado ao longo do tempo por diversos serviços públicos: Serviço de Atendimento Médico Domiciliar de Urgência (SAMDU); Instituto Nacional de Previdência Social (INPS); Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (INAMPS) e, atualmente, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mediante as Secretarias de Saúde em cooperação com o Corpo de Bombeiros.

Em 1981, em Brasília, o Corpo de Bombeiros criou um serviço experimental de resgate de vítimas feridas, mas ainda desprovido de um modelo concreto. Cinco anos mais tarde, após um intercâmbio de Bombeiros brasileiros nos EUA (Companheiros das Américas) foi proposta uma reestruturação do sistema, com a criação de um serviço com ambulâncias equipadas e recursos humanos com treinamento específico. Em 1990, começa a funcionar, na grande São Paulo o Projeto Resgate em 14 municípios com 38 unidades de salvamento. Contudo, o Brasil ainda não dispunha de um modelo autêntico de atendimento e legislação específica sobre APH.

Apenas no ano de 1998, o Conselho Federal de Medicina qualifica o atendimento pré-hospitalar como serviço médico, tanto na coordenação quanto na supervisão (Resolução CFM nº. 1.529/98). No ano seguinte o Ministério da Saúde aprova a normatização do atendimento pré-hospitalar com a Portaria nº 824, a qual é revogada pela nº 814 de 2001, mais abrangente. Ainda no mesmo ano o Ministério da Saúde cria a Política Nacional de Redução de Morbimortalidade por Acidentes e Violência, com o intuito de reduzir a hecatombe brasileira.

Em 2002, o Ministério da Saúde aprova a regulamentação técnica dos sistemas estaduais de urgência e emergência (PRT nº 2048/GM), um grande avanço do governo brasileiro, mas ainda carente de um modelo nacional, próprio! Nesta portaria fica claro a opção pelo modelo Franco-alemão de atendimento pré-hospitalar, paradoxalmente, o treinamento preconizado é baseado no modelo Anglo-americano. Em 2003, é instituído a Política Nacional de Atenção às Urgências (PRT nº 1863/GM) em todas as unidades federadas. Finalmente o Brasil tem uma legislação completa na área de urgência e emergência. Duas décadas após o pioneirismo em Brasília.